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G.R.E.S. ACADÊMICOS DO TATUAPÉ - CARNAVAL 2006
Enredo: Cooperativismo, União para o Bem Comum. Uma Grande Nação se Faz com Cooperação

Carnavalesco
Carnavalesco: Comissão de Carnaval

 

APRESENTAÇÃO

União para o bem comum. Solidariedade com igualdade. Justiça e ética. Sobrevivência e resistência. Liberdade e crescimento. Estes são valores e objetivos perseguidos pela humanidade. Ainda que em muitos momentos os homens tenham ficado longe desses ideais, eles são próprios da natureza humana.

Cooperar é um ato inerente ao ser humano. O homem é, por natureza, gregário e precisa viver em sociedade e tem necessidade de ajuda mútua, cooperação e solidariedade. Na história da humanidade sempre houveram pessoas preocupadas e inconformadas com a sociedade em que viviam, procuraram organizar uma sociedade melhor, ideal, onde reinasse a justiça, a paz, a ordem e a felicidade, eliminando assim as diferenças econômicas e sociais e implantando o bem estar coletivo.

1º.Setor – A ORIGEM DO COOPERATIVISMO, SUA HISTÓRIA E SEUS PRINCÍPIOS.

A explicação que se dá ao surgimento do Cooperativismo é a busca incessante da melhoria das condições de vida das classes menos favorecidas e oprimidas, impostas pela força do capital logo após a Revolução Industrial, onde a máquina e a energia a vapor começaram a substituir a força humana, deve-se também ao Liberalismo Econômico, responsável pelo desenvolvimento e pelo progresso, que gerou de um lado riqueza e poder e de outro miséria, desemprego e exclusão social. Neste período o Liberalismo, que defendia a livre concorrência e a não intervenção do Estado na economia, abria caminhos para abusos de poder e conflitos. Restava ao proletariado ( trabalhadores ) o emprego nas indústrias, no comércio e na agricultura, sob condições sub humanas, com jornadas de até 17 horas diárias, inclusive para mulheres e crianças, com remuneração não condizente, sem falar na exploração imposta na compra de alimentos e de roupas no comércio local.

Em 21 de dezembro de 1844 no bairro de Rochdale, em Manchester, na Inglaterra, 28 tecelões ( 27 homens e 1 mulher ) fundaram a “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale” com o resultado da economia mensal de uma libra de cada participante durante um ano.

Tendo o homem como principal finalidade - e não o lucro – os tecelões de Rochdale buscavam, naquele momento, uma alternativa econômica para atuarem no mercado, frente ao capitalismo ganancioso que os submetiam a preços abusivos.

Naquele momento a constituição de uma pequena cooperativa de consumo de alimentos e roupas, estaria mudando os padrões econômicos da época e dando origem ao movimento cooperativista.

O cooperativismo evoluiu e conquistou um espaço próprio, definido por uma nova forma de pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social.

Por sua forma igualitária e social o cooperativismo é aceito por todos os governos e reconhecido como fórmula democrática para a solução de problemas sócio-econômicos.

Como exemplo de potências mundiais do cooperativismo queremos exaltar a Índia, o país com o maior número de cooperados, são 164 milhões de profissionais associados a uma cooperativa nos mais diferentes segmentos econômicos, fica no Estado de Gugarat, na Índia a maior e mais moderna Usina de transformação de leite do mundo e pertence a uma cooperativa.

Na Suécia, a maior refinaria de petróleo do país, responsável por 20% da produção nacional, pertence à cadeia de cooperativas.

Na Espanha, na cidade de Mondragon, era o ano de 1955, o país passava por uma séria crise e os racionamentos de energia eram constantes, foi quando a comunidade se reuniu e adquiriu, em sistema de cooperativa, uma indústria de pequenos fogões e aquecedores a gás, esse foi o primeiro passo para transformar Mondragon num pólo de prosperidade, hoje quase tudo na cidade se baseia no cooperativismo.

Para promover o fortalecimento das cooperativas pelo mundo e favorecer o progresso econômico e social dos povos e contribuir para a Paz e Segurança Mundial, foi criada em 1895 a ACI, Aliança Cooperativa Internacional, a maior ONG do mundo e a 1ª. a fazer parte do Conselho da ONU. A ACI é o órgão máximo do cooperativismo no mundo, é composta por 240 organismos nacionais e regionais, em todos os países, representa cerca de 1 bilhão de cooperados em todo o mundo.

Valores

As cooperativas estão baseadas nos valores da auto ajuda, responsabilidade própria, democracia, igualdade, equidade e solidariedade, com base na tradição de seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, sinceridade, responsabilidade social e preocupação com seus semelhantes.

Princípios

- Liberdade é despertar nos outros a vontade de fazer

- Nosso capital são as pessoas

- Somar é compartilhar resultados

- Empreendimentos autônomos e controlados por seus associados

- Educar é construir um futuro melhor

- A união faz a força

- Interesse pela comunidade

A responsabilidade social está no DNA do cooperativismo.

2º.Setor – O COOPERATIVISMO NO BRASIL

É em 1847 que situamos o inicio do movimento cooperativista no Brasil. Foi quando o médico francês Jean Maurice Faivre, fundou nos sertões do Paraná a Colônia Tereza Cristina, que muito contribuiu para o florescimento do ideal cooperativista no Brasil.

Em 1891 foi fundada a primeira cooperativa brasileira, a de consumo dos funcionários da companhia Telefônica em Limeira no estado de São Paulo.

No anos 50 e 60 o Brasil conheceu seu período de maior surgimento de cooperativas nos mais diferentes segmentos de atuação, hoje elas representam mais de 6% do produto interno bruto (PIB) do país, o Brasil exporta mais de 1 bilhão de dólares de produtos produzidos no sistema cooperativo, temos mais de 7 mil cooperativas em atividade e mais de 6 milhões de cooperados.

No Brasil temos 62% de nossa produção agrícola obtida no sistema cooperativo, com destaque para os seguintes produtos:

  • Trigo – 75% da produção nacional do produto está no sistema cooperativo.
  • Milho – outro produto que se destaca na produção cooperada.
  • Cana de Açúcar – da produção nacional de cana de açúcar no sistema cooperativo temos 40% da produção de açúcar e 35% da produção de álcool do país.

3º.Setor – OS RAMOS DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO

Para entendermos o cooperativismo no Brasil é necessário analisarmos os ramos, ou seja, os tipos de cooperativas, já que cada um teve a sua própria história, com dificuldades e sucessos distintos. No Brasil temos hoje 13 ramos de atividades explorados no sistema cooperativista.

  • Educacional, são as cooperativas de escolas técnicas, de pais e mestres e outras;
  • Especiais, são as cooperativas constituídas para atendimento das necessidades especificas de deficientes mentais, escolas, menores, índios, etc;
  • Infra-estrutura, são as cooperativas que atuam nas áreas de limpeza, transporte público, telefonia rural, eletrificação rural e outros;
  • Transportes, são as cooperativas formadas por profissionais autônomos e seus veículos, que exercem suas atividades nas áreas de transportes de carga e passageiros;
  • Trabalho, são as cooperativas formadas por profissionais para atuarem em diversos segmentos, como:engenheiros, inspetores, jornalistas, tradutores, executivos, etc;
  • Produção, são as cooperativas voltadas para as áreas industriais, que agregam produtores de eletrodomésticos, tecidos, móveis e outros;
  • Saúde, são as cooperativas formadas por profissionais das áreas de saúde, que exercem atividades em hospitais, clinicas e outras;
  • Mineração, são as cooperativas de mineradores ( pedras preciosas, cascalhão, ouro, prata e outros )que se reúnem para partilhar bens de produção ou recursos para realização de seus trabalhos;
  • Agropecuário, são as cooperativas de produtores, na área agrícola e pecuária, e as agropecuárias de consumo, que reúnem consumidores de produtos agrícolas ou pecuários;
  • Consumo, são as cooperativas abertas ou fechadas, que contemplam consumidores de determinadas categorias de produtos
  • Habitacional, são as cooperativas que visam prover moradias para parcelas da população ou agregar recursos financeiros ou materiais para a construção civil;
  • Turismo e Lazer, são as cooperativas formadas por profissionais das áreas de turismo, lazer e entretenimento;
  • Crédito, são as cooperativas de crédito rural ou urbano, que agregam poupadores/tomadores de empréstimos a taxas mais acessíveis.

4º.Setor – OS SIMBOLOS DO COOPERATIVISMO E A COOPERLÂNDIA, A CIDADE DO FUTURO.

O emblema do cooperativismo é um circulo abraçando dois pinheiros, que indica a união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isto marcado pela trajetória ascendente dos pinheiros que se projetam para o alto, procurando subir cada vez mais. Antigamente o pinheiro era tido como um símbolo da imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação.

O círculo representa a vida eterna, pois não tem horizonte final, nem começo e nem fim. O verde escuro das árvores lembra o princípio vital da natureza. O amarelo ouro simboliza o sol, fonte perene de energia e calor.

A nova bandeira do cooperativismo é de cor branca e no centro se destaca um arco íris com seis cores e a sigla ACI impressa na sétima cor: violeta.

O comitê da ACI aceitou a proposta de ter uma bandeira na qual fossem representadas as sete cores do arco íris. As cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, simbolizam “os ideais e objetivos da paz universal, a unidade que supera as diferenças políticas, econômicas, sociais, raciais ou religiosas; a esperança da humanidade em um mundo melhor onde reine a liberdade, a dignidade pessoal, a justiça social e a solidariedade”.

As cores do arco íris representam a nobreza e a grandiosidade de um símbolo da natureza em um conjunto de cores, cuja união significa a paz após a tormenta.

Cada uma das cores tem um significado próprio:

Vermelho – coragem

Laranja – visão do futuro

Amarelo – desafio em casa, família e comunidade

Verde – crescimento individual como pessoa e como cooperado

Azul – horizonte distante, a necessidade de ajudar os menos afortunados, unindo-os uns aos outros

Anil – necessidade de ajudar a si próprio e aos outros através da cooperação

Violeta – beleza, calor humano e coleguismo.

O SESCOOP é o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, seu objetivo é desenvolver, capacitar e qualificar cooperados e funcionários do sistema cooperativista brasileiro, sua missão é formar cidadãos mais cooperativos e mais participativos, porque o Brasil precisa urgentemente de mais justiça social.

Falar do cooperativismo para crianças e jovens e despertar neles, desde cedo, o ideal da cooperação pode ser o embrião da Coorperlândia, a cidade do futuro, onde todas as atividades são geridas pelo ideal cooperativista, onde o homem vai estar acima do lucro, onde a economia social vai prevalecer, onde todos terão acesso à saúde, educação, moradia e justiça social.

 

FORMAÇÃO

1º. Setor – Origem do Cooperativismo, sua história e seus princípios.

Carro 1 – Abre Alas – Revolução Industrial – Rochdale

Ala 1 – Liberalismo Econômico

Ala 2 – Índia

Ala 3 – Suécia

Ala 4 – Espanha

Ala 5 – Aliança Cooperativa Internacional

Carro 2 – Princípios do Cooperativismo

2º. Setor – O Cooperativismo no Brasil

Ala 6 – Paraná – Colônia Agrícola

Ala 7 – Limeira – Telecomunicação

Ala 8 – Desenvolvimento social

Ala 9 – Trigo

Ala 10 – Milho

Ala 11 – Cana de Açúcar

3º. Setor – Os ramos do Cooperativismo brasileiro

Carro 3 – Educação

Ala 12 – Segmento Especiais

Ala 13 – Infraestrutura

Ala 14 – Transportes

Ala 15 – Trabalho

Ala 16 – Produção

Ala 17 – Saúde

Ala 18 – Mineração

Carro 4 – Agropecuária

Ala 19 – Consumo

Ala 20 – Habitação

Ala 21 – Serviços

Ala 22 – Crédito

4º. Setor – Os símbolos do Cooperativismo e a Cidade do Futuro

Ala 23 – Bandeira do Cooperativismo

Ala 24 – Sescoop

Carro 5 - Cooperlândia

 


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